O crescimento do motociclismo e suas implicações

De acordo com Ailton Brasiliense, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), no ranking das maiores vítimas do trânsito os motociclistas ocupam a segunda posição. “Metade das pessoas que morre anualmente é pedestre. Em segundo lugar, e crescendo enormemente, estão os motociclistas. Há também uma questão que envolve o excesso de velocidade com ou sem álcool e da má habilitação”.
Um dos problemas apontados por especialistas para explicar o aumento dos índices de acidentes e óbitos envolvendo motos é o uso do corredor. Na tentativa de ultrapassar os carros, o motociclista utiliza este acesso e deixa de ser visto por, pelo menos, um dos três espelhos retrovisores que o motorista do carro tem à disposição, aumentando as situações de risco e a probabilidade de acidentes.
Outro problema que também pode ser ressaltado é a falta de instrução de alguns condutores. Uma pesquisa recente feita com acidentados no trânsito revelou que 70% dos motociclistas envolvidos em acidentes não possuíam carteira de habilitação, o que reflete outro dado, de que mais de 90% das pessoas que procuram uma autoescola para obter a carteira de moto já são motoqueiros.
Movidos pela necessidade do transporte rápido e eficiente – e também pelo baixo custo – muitas pessoas adquirem uma motocicleta sem saber quais são os perigos de conduzir este veículo e sem se preocuparem com uma direção responsável e defensiva.